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quinta-feira, 29 de abril de 2010

ENTREVISTA COM TELMA WEISZ

"A alfabetização nunca termina"

Doutora em psicologia pela Universidade de São Paulo, Telma Weisz criou o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), lançado em 2001 pelo Ministério da Educação. Hoje coordena um programa semelhante, o Letra e Vida, na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Nesta entrevista, ela destaca que a alfabetização é um processo contínuo e fala da responsabilidade da escola para combater o analfabetismo funcional.

O que é ser alfabetizado?

Telma Weisz Vejo a aquisição do sistema de escrita - popularmente conhecida como alfabetização e que chamamos de alfabetização inicial - como parte de um processo. Mesmo os adultos nunca dominam todos os tipos de texto e estão sempre se alfabetizando. Ser alfabetizado é mais do que fazer junções de letras, como B com A, BA.

Qual a diferença entre alfabetização e letramento?

Telma Weisz No passado, era considerado alfabetizado quem sabia fazer barulho com a boca diante de palavras escritas. Só então estudava-se Língua Portuguesa e gramática. Para quem acredita no letramento, a criança primeiro aprende o sistema da escrita e só depois faz uso social da língua. Assim como antes, isso dissocia a aquisição do sistema das práticas sociais de leitura e escrita. Para evitar essa divisão, passamos a usar o termo cultura escrita.

Qual a importância do professor como leitor-modelo?

Telma Weisz A leitura é uma prática e para ensinar você precisa aprender com quem faz. Porém, este é um nó: como formar leitores se você não lê bem? E como ler bem se você saiu de uma escola que não forma leitores? A solução é de longo prazo e requer programas de educação continuada que tenham um trabalho sistemático nessa área. Nas reuniões do Profa, eram dados três textos ao formador. Ele escolhia um e lia para os professores, que recebiam os três. Ao fim do ano, eles haviam lido 150 textos de vários gêneros.

Como os pais podem colaborar na alfabetização?

Telma Weisz Lendo todos os dias para as crianças. Quem passa a primeira infância ouvindo leituras interessantes se apropria da linguagem escrita. Assim, na hora em que lê e escreve de forma autônoma, já sabe o que e como produzir. Isso também possibilita à criança entender os textos que lê.

Por que saem das escolas tantos analfabetos funcionais?

Telma Weisz Porque a escola só reconhece como alfabetização a aquisição do sistema. Em vez de investir na competência leitora, concentra-se no ensino de gramática. Por isso há analfabetos funcionais com muitos anos de escolaridade. Formar leitores e gente capaz de escrever é uma tarefa de coordenadores, gestores e professores de todas as séries e disciplinas. Eu diria que leitura e escrita são o conteúdo central da escola e têm a função de incorporar a criança à cultura do grupo em que ela vive. Isso significa dar ao filho do analfabeto oportunidades iguais às do filho do professor universitário.

Como reverter esse quadro?

Telma Weisz Lendo, discutindo, trocando idéias, vendo o que cada um entendeu e pesquisando em fontes diversas. É preciso tornar o texto familiar, conhecer suas características e trazer para a sala práticas de leitura do mundo real. Se a função da escola é dar instrumentos para o indivíduo exercer sua cidadania, é preciso ensinar a ler jornal, literatura, textos científicos, de história, geografia, biologia. Consegue ler bem quem teve algum tipo de oportunidade fora da escola. Os que dependem só dela são os analfabetos funcionais. E a escola faz isso porque não compreende claramente a sua função.


Quer saber mais?

Revista Nova Escola – Tudo sobre Alfabetização – on line

Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita, Av. Antônio Carlos, 6627, Campus Pampulha, FAE, sala 521, 31270-901, Belo Horizonte, MG, tel. (31) 3499-5333

Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), R. Hermes Fontes, 164, 05418-050, São Paulo, SP, tel. (11) 3097-0523, http://www.cedac.org.br/

Escola Municipal Agnes Pereira Machado, R. Monsenhor Barros, 141, 35969-000, Catas Altas, MG, tel. (31) 3832-7104

Escola Municipal de Educação Infantil Professora Maria Alice Pasquarelli, Praça Joaquim Figueira de Andrade, 60, 12221-220, São José dos Campos, SP, tel. (12) 3929-1854

Escola Estadual Maria Catharina Comino, R. Maria Benedita Teixeira Leite, 115, 06766-380, Taboão da Serra, SP, tel. (11) 4701-3017

Bibliografia

Diálogo entre o Ensino e a Aprendizagem, Telma Weisz, 136 págs., Ed. Ática, tel. 0800-115152, 31,90 reais

Ler e Escrever na Escola: o real, o possível e o necessário, Délia Lerner, 128 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-7033444, 32 reais

Psicogenese da Língua Escrita, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, 300 págs., Ed. Artmed, 46 reais

Perguntas e Respostas sobre Alfabetização

Revista Nova Escola – On line - 2010
Nas escolas em que circulam diversos tipos de texto, como livros, jornais e revistas, os alunos lêem e escrevem mais rapidamente e se tornam capazes de buscar as informações de que necessitam

1. Meus alunos de 1ª série não têm contato com a escrita. Por onde começo?

O pouco acesso à cultura escrita se deve às condições sociais e econômicas em que vive grande parte da população. O aluno que vê diariamente os pais folheando revistas, assinando cheques, lendo correspondências e utilizando a internet tem muito mais facilidade de aprender a língua escrita do que outro cujos pais são analfabetos ou têm pouca escolaridade. Isso ocorre porque ao observar os adultos a criança percebe que a escrita é feita com letras e incorpora alguns comportamentos como folhear livros, pegar na caneta para brincar de escrever ou mesmo contar uma história ao virar as páginas de um gibi. Cabe à escola oferecer essas práticas sociais aos estudantes que não têm acesso a elas.
O ponto de partida para democratizar o contato com a cultura escrita é tornar o ambiente alfabetizador: a sala deve ter livros, cartazes com listas, nomes e textos elaborados pelos alunos (ditados ao professor) nas paredes e recortes de jornais e revistas do interesse da garotada ao alcance de todos. Esses são alguns exemplos de como a classe pode se tornar um espaço provocador para que a criança encontre no sistema de escrita um desafio e uma diversão. Outra medida para democratizar esses conhecimentos em sala de aula é ler diariamente para a turma. "A criança lê pelos olhos do professor - porque ainda não pode fazer isso sozinha -, mas vai se familiarizando com a linguagem escrita", explica a educadora Patrícia Diaz, da equipe pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo.

2. Quando posso pedir que as crianças escrevam?

Elas devem escrever sempre, mesmo quando a escrita parece apenas rabiscos. Ao pegar o lápis e imitar os adultos, elas criam um "comportamento escritor". E, ao ter contato com textos e conhecer a estrutura deles, podem começar a elaborar os seus. No primeiro momento, as crianças ditam e você, professor, escreve num papel grande. Além de pensar na forma do texto, nessa hora os estudantes percebem, por exemplo, que escrevemos da esquerda para a direita. "Mostro que a escrita requer um tempo de reflexão antes de ser colocada no papel", afirma Cleonice Maria Rodrigues Magalhães, professora de 1a série da Escola Municipal Agnes Pereira Machado, em Catas Altas (MG). Ela participou do Programa Escola que Vale, que capacitou professores de 1ª a 4ª série do município durante dois anos e meio.
Antes da escrita, as crianças devem definir quem será o leitor. Assim, quando você lê o texto coletivo, elas imaginam se ele compreenderá a mensagem. Nas primeiras produções haverá palavras repetidas, como "daí". Pelo contato diário com textos, os alunos já são capazes de revisar e corrigir erros. "Com o tempo, antes mesmo de ditar, eles evitam repetir palavras e pensam na melhor forma de contar a história", afirma Rosana Scarpel da Silva, professora do Infantil IV (6 anos), da Escola Municipal de Educação Infantil Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos. Em paralelo, é importante convidar a garotada a escrever no papel. Isso dá pistas valiosas sobre seu desenvolvimento.

3. Como faço todos avançarem se os níveis de conhecimento são muito diferentes?

Não há nada melhor em uma turma que a heterogeneidade. Como os níveis de conhecimento são variados, existe aí uma grande riqueza para ser trabalhada em sala. Organizar os alunos em grupos e duplas durante as atividades é fundamental para que eles troquem conhecimentos. Mas essa mistura deve ser feita com critérios. É preciso agrupar crianças que estejam em fases de alfabetização próximas. Quando você coloca uma que usa muitas letras para escrever cada palavra trabalhando com outra que usa uma letra para cada sílaba, a discussão pode ser produtiva. Como elas não sabem quem está com a razão, ambas terão de ouvir o colega, pensar a respeito, reelaborar seu pensamento e argumentar. Assim, as duas aprendem. Isso não ocorre, no entanto, se os dois estiverem em níveis muito diferentes. Nesse caso, é provável que o mais adiantado perca a paciência e queira fazer o serviço pelo outro.

4. Posso alfabetizar minha turma de Educação Infantil?

Sim, desde que a aprendizagem não seja uma tortura. Participar de aulas que despertem a curiosidade e envolvam brincadeiras e desafios nunca será algo cansativo. Em turmas que têm acesso à cultura escrita, a alfabetização ocorre mais facilmente. Por observar os adultos, ouvir historinhas contadas pelos pais e brincar de ler e escrever, algumas crianças chegam à Educação Infantil em fases avançadas. Por isso, oferecer o acesso ao mundo escrito desde cedo é uma forma de amenizar as diferenças sociais e econômicas que abrem um abismo entre a qualidade da escolarização de crianças ricas e pobres. Dentro dessa concepção, a rede municipal de São José dos Campos implementou horas de trabalho coletivo para a formação continuada dos professores. Há um coordenador pedagógico por escola e uma equipe técnica responsável pelo acompanhamento dos coordenadores. As crianças de 3 a 6 anos atendidas pela rede aprendem, brincando, a usar socialmente a escrita.
Em sala, os professores lêem diariamente, exploram o uso de listas e promovem brincadeiras. Os pequenos identificam com seu nome pastas e materiais, usam crachás, produzem textos coletivos que ficam expostos nas paredes e têm sempre à mão livros e brinquedos. "Nossas atividades incentivam a pensar sobre a escrita, tornando-a um objeto curioso a ser explorado. E tudo de forma dinâmica, porque a dispersão é rápida", conta Clarice Medeiros, professora do Infantil III (5 anos) da escola Maria Alice Pasquarelli. "No ano passado, quando recebi os alunos de 3 anos, eles já sabiam diversos poemas e conheciam Vinicius de Moraes. Também identificavam as diferenças entre alguns gêneros textuais", lembra Liliane Donata Pereira Rothenberger, professora do Infantil II (4 anos). De acordo com a orientadora pedagógica Helena Cristina Cruz Ruiz, o objetivo é desenvolver o comportamento leitor desde cedo para que os alunos se comuniquem bem, produzam conhecimentos e acessem informações.

5. Faz sentido oferecer textos a estudantes não-alfabetizados?

Canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela decora uma cantiga, pode acompanhar com o dedinho as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta descobrir como isso foi feito. Se o aluno sabe que o título é Atirei o Pau no Gato, ele tenta ler e verificar o que está escrito com base no que sabe sobre as letras e as palavras - sempre acompanhado pelo professor. O leitor eficiente só inicia a leitura depois de observar o texto, sua forma, seu portador (revista, jornal, livro etc.) e as figuras que o acompanham e imaginar o tema. Pense que você nunca viu um jornal em alemão. Mesmo sem saber decifrar as palavras, é possível "ler". Se há uma foto de dois carros batidos, por exemplo, deduz-se que a reportagem é sobre um acidente. Ao mostrar vários gêneros, você permite à criança conhecer os aspectos de cada um e as pistas que trazem sobre o conteúdo. Assim, ela é capaz de antecipar o que virá no texto, contribuindo para a qualidade da leitura.

6. Como seleciono e uso os textos em sala?

Segundo Patrícia Diaz, do Cedac, é preciso ter critérios e objetivos bem estabelecidos ao escolher os textos. Por exemplo: se ao tentar diversificar os gêneros você ler um por dia, os alunos não perceberão as características de cada um. "O ideal é que a turma passeie por diversos gêneros ao longo do ano, mas que o professor trace um plano de trabalho para se aprofundar em um ou dois", afirma. Patrícia sugere a narração como base para o trabalho na alfabetização inicial, pois ela permite ao aluno aprender sobre a estrutura da linguagem e do encadeamento de idéias. A escolha dos textos deve ser feita de acordo com o repertório da turma. É preciso verificar se a maioria dos alunos passou ou não pela Educação Infantil, que experiência eles têm com a escrita e que gêneros conhecem. Durante a leitura de uma revista, por exemplo, é importante chamar a atenção para títulos, legendas e fotos. Assim, as crianças aprendem sobre a forma e o conteúdo. Se o texto é sobre plantas, percebem que nomes científicos aparecem em itálico. "Por isso é fundamental trabalhar com os originais ou fotocópias", ressalta Patrícia.
Adaptar os textos também não é recomendável. As crianças devem ter contato com obras originais, uma vez que, ao longo da vida, serão elas que cruzarão o seu caminho. Se um texto é muito difícil para turmas de uma certa faixa etária, o melhor é procurar outro, sobre o mesmo assunto, de compreensão mais fácil.

7. Ao fim da 1ª série, todos devem estar alfabetizados?

Não necessariamente, apesar de ser recomendável. Se a criança foi exposta a textos e leituras variadas e teve oportunidade de refletir sobre a língua e produzir textos, é bem provável que ela termine essa série alfabetizada. Mas isso depende de outros fatores, como ter cursado a Educação Infantil e recebido apoio dos pais em casa. "Crianças que não têm esse contato com textos e que não convivem com leitores podem precisar de mais tempo para aprender o sistema de escrita. Mas minha experiência mostra que nenhuma criança leva mais de dois anos para isso", diz a educadora Telma Weisz, de São Paulo. Como na educação não existem fôrmas em que se encaixem as crianças, é papel da escola oferecer condições para que elas se desenvolvam, sempre respeitando o ritmo de cada uma. Quando se adota o sistema de ciclos, isso ocorre naturalmente, pois os alunos têm possibilidade de se aperfeiçoar no ano seguinte. Quando não há essa chance, eles correm o risco de engrossar os índices de reprovação. O aluno pode iniciar a 2ª série ainda tendo que melhorar a sua compreensão sobre o sistema de escrita, mas ao fim do segundo ano a escola teve tempo suficiente para ensinar a todos.

8. Preciso ensinar o nome das letras?

Sim. Como a criança poderá falar sobre o que está estudando sem saber o nome das letras? Ter esse conhecimento ajuda a turma a explicar qual letra deve iniciar uma palavra, por exemplo. Para ensinar isso, basta citar o nome das letras durante conversas corriqueiras. Se a criança está mostrando a que quer usar e não sabe o nome, basta que você a aponte e diga qual é. Trata-se de algo que se aprende naturalmente e de forma rápida, sem precisar de atividades de decoreba que cansam e desperdiçam o seu tempo e o do aluno.

9. Como ajudo alunos de 5ª série que ainda não lêem nem escrevem bem?

É angustiante para o professor especialista receber crianças com problemas de alfabetização. Por não conhecer o assunto, acredita que a escrita incorreta é indício de que elas não se alfabetizaram. Mas nem sempre essa avaliação é verdadeira. O mais comum é a criança já dominar a base alfabética, mas ter sérios problemas de ortografia e interpretação. Daí a impressão de que ela não sabe ler e escrever.
Foi essa experiência por que passaram a professora de Língua Portuguesa Valéria de Araújo Pereira e a de Ciências Jaidê Canuto de Sousa, da Escola Estadual Maria Catharina Comino, em Taboão da Serra (SP). Em 2005, elas lecionavam para uma turma de 5ª série de recuperação de ciclos com muitos problemas de escrita, o que as motivou a procurar a Diretoria de Ensino para participar do programa Letra e Vida, oferecido pela rede paulista a professores de 1ª a 4ª série. "Fiquei surpresa com a insistência das duas. Como havia vagas, abrimos uma exceção e valeu a pena", diz Silvia Batista de Freitas, coordenadora-geral do programa na Diretoria de Ensino da cidade.
O curso iniciou em março. No segundo semestre, a turma foi distribuída nas salas regulares. Com o objetivo de trabalhar a escrita, Valéria e Jaidê elaboraram um projeto sobre aids. Os alunos assistiram a vídeos, debateram e levantaram o que sabiam e o que gostariam de saber sobre o assunto. As leituras foram sistemáticas e diárias, com pesquisas em livros, revistas, enciclopédias, internet e panfletos informativos - gênero escolhido para ser o produto final do projeto.

"Leitura e escrita não são apenas conteúdos de Língua Portuguesa. São práticas necessárias em todas as disciplinas e em todas as séries", diz Jaidê. "Por isso, temos a responsabilidade de conhecer o modo como os alunos aprendem e assim estimulá-los a ser leitores e escritores mais competentes", conclui Valéria.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Primeira resposta sobre a diferença entre aluno ALFABÉTICO E ALFABETIZADO

Vc perguntou a diferença entre alfabético e alfabetizado.

Devo te explicar que tudo depende da sua concepção de alfabetização:

1. se vc acredita que alfabetização é um fim em si mesmo, deve esperar que um aluno esteja alfabetizado, como se pensava na concepção tida como tradicional;

2. se vc acredita que alfabetização é um processo e que este se dá ao longo de sua vida escolar, entendo que além disso está relacionado diretamente ao letramento, deve esperar que os alunos vão progressivamente compreendendo cada mais todo o complexo sistema de escrita da nossa língua.

Assim, estar alfabético significa apenas que ele já compreendeu como funciona o sistema de escrita , ás vezes nem mesmo convencionalmente, como por exemplo se escrever KAZA, está alfabético, mas ainda não se apropriou da ortografia.

Por estes motivos, faz-se necessário o trabalho com textos de gêneros variados desde a educação infantil para que os educandos possam além da ampliação de repertório, o desenvolvimento da compreensão de textos diversos, além do conhecimento de suportes ou portadores diferentes e suas funções.

Caso necessite de informações maiores, me escreva.
Bjs

Solange

Projeto de Alfabetização e Letramento

Justificativa: Após a aplicação da avaliação diagnóstica nos alunos matriculados no fundamental I – 1º ao 4º ano do ciclo de 9 anos e 4º estágio do ciclo de 8 anos, foi constatado a necessidade de um Projeto de Alfabetização e Letramento.
Objetivo: Diversificar as formas pedagógicas, para estabelecer uma relação de processo contínuo de ensino-aprendizagem com os alunos.
Fazer uso de diversos recursos tais como: ferramentas tecnológicas e audiovisuais, jogos pedagógicos, alfabetos móveis, e outros.
O aluno será capaz de:
• Associar palavras e objetos;
• Memorizar palavras globalmente;
• Analisar palavras quanto ao número de letras, inicial e final;
• Distinguir letras e números;
• Reconhecer as letras do alfabeto (cursiva e bastão);
• Familiarizar-se com os aspectos sonoros das letras através das iniciais de palavras significativas;
• Relacionar discurso oral e texto escrito;
• Distinguir imagem de escrita;
• Observar a orientação espacial dos textos;
• Ouvir e compreender histórias;
• Identificar letras e palavras em textos de conteúdo conhecido;
• Reconhecer a primeira letra das palavras no contexto da sílaba inicial;
• Comparar palavras memorizadas globalmente com a hipótese silábica;
• Contar o número de letra das palavras;
• Desmembrar oralmente as palavras em suas sílabas;
• Reconhecer o som das letras pela análise da primeira sílaba das palavras;
• Reconhecer a forma e as posições dos dois tipos de letras: cursiva e maiúscula;
• Identificar palavras em textos de conteúdo conhecido (qualquer tipo de palavra);
• Produzir textos silabicamente;
• Ouvir e compreender histórias;
• Completar palavras com as letras que faltam (observando que o número de letras presentes exceda sempre o número de sílabas da palavra).

Patricia Belotti

Dinâmica para desenvolver em hora atividade

Dinâmica baseado na aula de Gestão Estratégica

• “Avaliação é inerente e imprescindível, durante todo o processo educativo que se realize em um constante trabalho de ação reflexão, porque educar e fazer ato do sujeito, e problematizar o mundo em que vivemos para superar as contradições, comprometendo-se com esse mundo para recriá-lo constantemente. (Gadotti, 1984, p.90)
• Objetivo: Refletir sobre o papel de cada um no processo educativo e propor ações.
• Dinâmica: entregar para cada participante 2 (duas) fichas onde cada um possa escrever: “a partir do seu cotidiano escolar, quais são as 2 (duas) principais dificuldades ou preocupações que você tem sentido em seu trabalho?”.
• Colar no cartaz as respostas e ler para o grupo.
• Pontuar o que é dificuldade (o que impacta o trabalho) e o que é preocupação (pessoal e ela não pode impedir o desenvolvimento do trabalho).
• Mediador: separar de acordo com a fala dos participantes as fichas das preocupações e das dificuldades.
• Entregar para cada participante mais 1 (uma) ficha para que escrevam: “na sua opinião, qual é o principal fator para o êxito para o seu trabalho?”
• Colar no cartaz as respostas e ler para o grupo.
• Separar em grupos de 4 (quatro) participantes, entregar 2 (fichas) para o grupo e responder: “quais são os dois maiores problemas que podem prejudicar o seu trabalho?”
• Colar no cartaz e ler para o grupo.
• Entregar para cada participante 5 (cinco) fichas (Secretaria Municipal (SE); Gestão Escolar; Família; Aluno; Professor), para escrever o que cabe a cada um desses atores.
• Reflexão: qual a primeira idéia que vem em mente quando você pensa no desafio da educação atingir sucesso?
• Avaliação: como você esta se sentindo em relação a essa H.A.? (fazer um x na carinha). Aqui fiz um quadro com várias carinhas e solicitei que ao final do encontro cada um colocasse um X na que se assemelhasse ao seu próprio sentimento.

Encontro de Pais e Filhos - Palestra em 17/04/2010

Tema: Como educar o meu filho no temor do Senhor – Pv 22,6

A tarefa de educar os filhos não é fácil, aliás nada é fácil se não formos dependentes de Deus.
“Toda a Escritura (Palavra de Deus) é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para a toda boa obra (IITm 3,16-17).

Definição de Temor – não é ter medo ou receio. É viver o sentimento de reverencia e respeito ao Senhor.

Temer ao Senhor é descrito na bíblia como:
*Sabedoria – (Salmos 111.10); Esperança – Provérbios (15,16); Tesouro (Isaías 33,6 e Provérbios 14,27); Eterno (Salmos 19,9); Necessária no Servir – Hebreus 12, 28-29.
Motivos para Temer a Deus:
Devido à Santidade (Ap.15,4); Sua Grandiosidade e Poder (Dt 10,12); Pelo perdão (Sl. 130,4); Obras Extraordinárias (Js 4, 23-24); O Juízo (Ap 14,7); Bondade (Sm 12,24); Uma alegria (Sl. 2,11).
Educação dos Filhos – Efésios 6, 1-4 (fazer a leitura do texto na bíblia)
Família: Plano de Deus para o homem (Gn 2,24 e Ef 5,22-25)
Filhos: Herança e galardão (Salmos 127,3) – dão a ideia de grande valor, uma benção inestimável confiada a nós por Deus. Porém muitos pais e a própria sociedade consideram muitas vezes que os filhos são um peso e não presente de Deus para nós!
Filhos são uma benção... em um lar cristão! O que é um lar cristão? Um lar coma presença de Cristo! Se Jesus não está presente, com certeza seus valores tampouco estarão!
Benção – não é somente sinônimo de coisas boas. Na bíblia temos vários exemplos de como os filhos de Deus passaram por problemas difíceis e como no final resultou em benefícios.
Porém toda benção exige RESPONSABILIDADE
A primeira responsabilidade é PARA COM DEUS. Não poderemos ser bons pais se não aprendermos a ser bons filhos para Deus; se o nosso objetivo é criar filhos no caminho do Senhor (Salmos 119, 9).
Como cristãos devemos conhecer a Palavra de Deus:
• Ser assíduo na igreja local para ouvir e ser incentivado a estudar a Palavra de Deus e a ter meus momentos de devocional particular com Deus.
Observar os espaços para que isso ocorra: Cultos, EBD, Estudos, etc
• Obedecer – tudo o que ouvimos e lemos tem que se reverter em prática de vida. Somente assim passaremos a ter autoridade para com todos (Tg 1,22).
• Tornar-se exemplo que começa dentro do lar (ITm 4,12 e ICo 11,1)

PARA COM OS FILHOS
• Criar um ambiente de amor no lar, amor é condição necessária para dar um referencial aos filhos. Para tanto o relacionamento dos pais deve ser de amor e respeito!
• Devemos ENSINAR nossos filhos (Pv 22,6 e Dt 6,6-7),com EMPENHO pois não é tarefa fácil, tem que ter PERSEVERANÇA E DEDICAÇÃO: PAIS NÃO DESISTAM DE SEUS FILHOS. Ensine com NATURALIDADE , aproveite as oportunidades, não espere que eles façam algo de errado. Educação é diferente de correção!Seja um exemplo para seu filho (ICo 11,1)!
• Disciplina – Equilíbrio é a chave para o exercício bíblico. Com a ela virá a sabedoria para os filhos, descanso para os pais (Pv 29, 15-17) e os livrará do inferno (Pv 23, 13-14). Numa sociedade tão liberal e permissiva como a nossa e a influencia da Midia, a palavra disciplina não soa tão bem. Os pais têm medo de insistir com seus filhos; por outro lado os filhos desconhecem limites. Porém não façam mau uso da disciplina, isso formará filhos desrespeitosos e revoltados! Também não irrite-os (Cl 3,21) e não impunham medo, pois o medo lança a semente da hipocrisia e os levam a mentirem.
Disciplina significa treinamento para agir de acordo com regras estabelecidas (Pv 22,15) – os filhos precisam aprender que em todos os segmentos existem regras, normas, horários que devem ser cumpridos;
Disciplina significa correção (Ap 3,19, Hb 12,5-7, Pv 19, 18) – Quem ama corrige!
Disciplina significa imposição de limites (Pv 25,28) –Qualquer liberdade sem limite é prejudicial. É preciso que se estabeleçam limites, e que sejam reconhecidos por todos. (PAIS PERGUNTEM AOS SEUS FILHOS, AONDE VÃO, COM QUEM VÃO, A QUE HORAS VOLTARÃO; CONHEÇAM OS AMIGOS DE SEUS FILHOS E NÃO SEJAM AMIGOS DOS SEUS FILHOS)

Só através da Palavra de Deus poderemos além de fazer frente, também derrotar este mundo que tenta deseducar nossos os bombardeando-os com toda a sorte de impurezas

Patrícia BelottI Lacerda / Rosangela M. Cézar

E cadê o foco?

E CADÊ O FOCO?
(Adriana Meyer Torres – Psicopedagoga. Em Revista do Professor – jul/set.2007)

É muito curioso como a sociedade muda rápido e constantemente! A informação sobre os interesses e hábitos das pessoas mostra caminhos antagônicos a cada dia!
O que era comum e esperado há dez anos não é nem cogitado atualmente: vemos isso na política, na meteorologia, no esporte, na família... Em todos os lugares!
Neste terreno movediço e cheio de incertezas, percebemos que problemas se agravam e o bem estar (social e individual) entra a em extinção.
Nunca tivemos acesso a tantas facilidades e, ao mesmo tempo, perdemos tanta qualidade.
Como foi possível?Como situações tão antagônicas coexistem diariamente fazendo com que, ao mesmo tempo em que ganhamos, perdemos?
Já diziam sábios: Chegará o momento em que teremos tanta liberdade que seremos obrigados a nos prender em casa para não sermos vítimas dela!
As escolas apelam aos pais para que eduquem os adolescentes na busca do ser, não do ter e evitem gerações ainda mais consumistas e individualistas. As famílias culpam a mídia por esta influência. A mídia, por sua vez, alega que a sociedade interfere nesta preferência. E a sociedade? Há tempos não se manifesta em mais nada; está muito preocupada em correr atrás do que nem sabe o quê e para quê.
Todos desejam, debatem e criticam este descaso que se espalha e corrompe os bons princípios e a ética. Mas, na verdade, estamos vulneráveis e incertos de como agir; cedemos à tentação de presentear nossos filhos com o que há de mais novo e moderno, sem medir esforços e conseqüências.
Não se trata de deixar a pobre criança de sete anos sem celular, ou isolá-la do direito de comprar um tênis de R$ 600,00. Apenas, temos que primeiro questionar se vale a pena um carnê de 24 prestações de R$ 50,00, num orçamento já tão comprometido.
É essencial que os jovens reflitam e participem dessa reflexão.
Afinal, o que aconteceu com os objetivos? Por que não podemos traçar planos de conquista material, captar recursos e esperar para ter algo?
Há bem pouco tempo, as famílias ponderavam sobre as prioridades, separavam parte do orçamento mensal até conseguirem adquirir o que desejavam.
Hoje, mal mentalizamos o que queremos e já efetuamos a sua compra. A família só toma conhecimento do nosso desejo quando entramos com o pacote em casa. E os filhos então? Ordenam o que devemos consumir, sem qualquer reflexão ou percepção da verdadeira utilidade.
Eu costumo brincar que pertencemos hoje à geração sem foco. Uma sociedade criticada pelo excessivo consumo, mas que sequer sabe o que quer.
Agimos como se fôssemos uma câmera digital. Ficamos seduzidos pela facilidade em tirar infinitas fotos (a única preocupação é o desgaste da bateria), sem qualquer apreensão em focar (eu deleto o que não desejar depois) ou preparar a imagem (posso até mudá-la quando for salvar no computador).
Não se trata de dizer que o culpado dos problemas sociais atuais são as máquinas fotográficas digitais. Apenas estou fazendo um paralelo entre esta inovação tecnológica e as nossas relações sociais.
Da mesma forma que as múltiplas funções desta máquina nos despreocupam de alguma postura, reflexão e tomada de decisão a hora de tirar uma foto, passamos diariamente uma imagem inconseqüente do que também podemos corrigir ou mudar o que falamos ou fazemos na hora que desejarmos.
Simplesmente apagar nossos erros!
Mas no fundo sabemos que isso não é verdade. Os recursos da máquina se limitam às fotos. Se combinarmos alguma coisa com alguém, não podemos voltar atrás e simplesmente delatar nossa fala. Da mesma forma que, se nos envolvermos com pessoas de má índole durante um tempo de nossas vidas, não dá para apagar sua influência simplesmente como apagamos a imagem da foto.
Temos que ter noção de conseqüência e percepção dos nossos atos: o que fazemos deixa marcas na nossa própria história.
Sinto falta das antigas máquinas fotográficas que necessitavam de ajuste na imagem. Mesmo com um olho só, precisávamos organizar as pessoas para caberem e girar o seletor definindo distância, claridade, uso ou não de flash entre outras preocupações. Precisávamos ver e analisar a situação antes de captar a imagem. Perder a foto era gastar em dobro e guardar um papel que nos relembrava a falta de atenção. Também era muito boa a surpresa da revelação. O que aparecia na foto nem sempre era o que imaginávamos ter captado e a conseqüência era uma só: ficávamos mais atentos da próxima vez.
Esta é minha sugestão: já que as máquinas digitais são um recurso indiscutivelmente moderno e facilitador, temos que promover outras atividades e outras formas que desenvolvam esta aprendizagem de análise, compreensão, reflexão e captação de imagens. Que tal uma pintura, por exemplo? Seria uma forma de representar pessoalmente o olhar que temos sobre aquela situação e ampliar nossa capacidade de manifestação e compromisso. Vale a pena refletir e buscar meios de manifestação pessoal!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Normas para preenchimento do Diário de Classe

a) O diário de classe é um documento importante, pois registra a vida escolar do aluno(a), não podendo conter rasuras, erros e decorações internas;
b) Preencher o nome dos alunos em ordem alfabética e sem pular linha, de acordo com lista Piloto Oficial;
c) As matrículas suplementares e transferência recebida deverão ser registradas a partir do dia da efetivação da matrícula;
d) Constar mensalmente na coluna de resumo:
 as datas comemorativas;
 feriados;
 pontos facultativos;
 reuniões;
 os conteúdos trabalhados.
e) Na capa e no campo n.º 03, registrar:
 Ano: 2010
 turno: manhã (1) tarde (2), noturno (3);
 curso:EF;
 série: 1.º, 2.º, 3.º, ...; (4º Estágio)
 turma: A, B, C, ...;
f) No campo n.º 04, onde os alunos são registrados, deve ser preenchido de forma legível, especificando e datando a movimentação do aluno durante o ano letivo (Ex.: TR 02/05; MC 10/08 e etc.);
g) No campo n.º 05 deverá ser registrado dias letivos de cada mês e o total. Assim como todo e qualquer afastamento do aluno, que tiver suas faltas justificadas, deverá ser lançada o dia e o motivo, no campo “Observações”.
h) Quando o aluno for transferido, remanejado ou obtiver matrícula cancelada, deve-se colocar TR, REM ou MC em vermelho, no lugar do registro de freqüência no mesmo dia em que foi efetuado, eliminando os demais dias com um traço vermelho até o término do ano letivo;
i) No campo 06 deverão ser lançados os conteúdos (poderá ser semanalmente).
j) Ignorar o campo 07.
k) Campo 08 escrever o nome legível e assinar.
l) Campo 09 – para preencher aguardar orientações da coordenação.
m) Campo 10 – uso é facultativo.
n) No campo n.º 11, registrar observações e ocorrências importantes sobre o aluno e se for o caso pedir a ciência do responsável;
o) Os espaços em branco devem ser eliminados com traço, em vermelho, ao término do trimestre;
p) Todo diário de classe deve ter uma capa e constar visivelmente:
 nome da Unidade Escolar;
 nome do professor(a);
 classe;
 período;
 ano letivo.
q) No caso de erros e rasuras o professor deverá refazer o diário de classe;
r) O diário de classe não poderá ser retirado da unidade escolar.

Compilado do texto original de Zelia Maria Ferreira dos Santos Lima